05 janeiro 2024

RespirAÇÃO

Penso que todo jornalista (ainda que há tempo não ativo no ofício) tem uma necessidade latente de expressão verbal (especialmente os que laboravam com a palavra escrita). Ao menos pra mim é assim. 

Ao final do meu trabalho oficial na área de Comunicação Social (2002), estive quatros anos como cronista semanal (voluntária) em periódico impresso da cidade (Jornal Monitor Campista), sendo, na ocasião, agraciada com o título "Jornalista Poeta" porque consideraram que minhas narrativas do cotidiano tinham algum (ou muito) lirismo.

Fato é que, depois da minha fase de comprometida cronista, ao deixar de publicar semanalmente no jornal impresso, estive, efetivamente, um tempo com a escrita poética presente em minha expressão textual. Os novos  leitores (esperança!) poderão verificar isso ao vasculhar arquivos pretéritos.

Embora ame escrever, fui "engolida" por afazeres profissionais de outra área de atuação (Direito), compromissos familiares etc. A consequência - como se vê por aqui - foram fases de intenso silêncio, com algumas tentativas de retomada. 

Talvez esteja escrevendo isso para dizer pra mim mesma que não se deve abandonar o que nos é essencial (e salutar).

Que não seja apenas mais uma "espanada na poeira".

Estou viva e preciso respirar.



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