29 outubro 2010

Domingo tem eleição

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Domingo, dia 31, segundo turno das eleições presidenciais. Os portões serão abertos às 8 horas para o acesso do eleitor às urnas eletrônicas. Quem estiver fora de seu domicílio eleitoral poderá comparecer em qualquer local de votação e justificar a ausência de seu voto. VOTE BEM!

Mais informações no site do TRE.

Decisão

quero-te longe
porque perto
não te alcanço todo

quero-te fora
porque dentro
vacila

queria-te sempre
quero-me ainda
(isso não muda)

Fátima Nascimento

Amadurecimento

poesia muda
muda poesia
muda de poesia

um dia florescem palavras

(Fátima Nascimento)

Viva a poesia!

A noite de lançamento do livro dança entre dorsos tensos do amigo Vilmar Rangel foi maravilhosa, num misto de poesia, teatro, dança e artes plásticas na programação. O lançamento aconteceu dia 27/10, no Sesi, em Campos/RJ. Abaixo um dos poemas de Vilmar.

Proposta
De você quero:
mais que a insensatez do instinto,
a madureza do afeto;
mais que a volúvel labareda,
o fiel calor da brasa;
mais que a rispidez da pedra,
a serenidade do lago;
mais que um barco a desafiar tormentas,
a certeza do ameno ancoradouro.
(Vilmar Rangel)

26 outubro 2010

Vilmar Rangel lança livro

Dorsos_ convite eletrônico
Nesta quarta, dia 27, às 20h, Vilmar Rangel, escritor e relações públicas, lança a segunda edição do livro de poesias "...dança entre dorsos tensos" no Sesi-Guarus, em Campos/RJ.

A programação de lançamento está variada. Haverá poemas teatralizados e dança contemporânea, com a concepção e direção de José Sisneiros. 

Entrada franca.

Vilmar avisa que cada exemplar do livro será vendido a R$ 15 e toda a renda doada à Obra do Salvador e ao Grupo Espírita Cristão Obreiros da Luz.

Além de poesia, teatro e dança, constam também da programação a exposição de telas de pintores campistas, sessão de autógrafos e coquetel.  

Um abraço muito carinhoso no amigo Vilmar Rangel.
Parabéns desde já!

24 outubro 2010

Nossas bagagens

Ao longo da vida tenho acumulado experiências bacanas. Cada coisa que acontece eu coloco no armário da memória. O que vale a pena ser lembrado e necessário reviver eu ponho nas prateleiras mais baixas, pra facilitar o meu acesso (hábito de gente pequena). O que causou dor e prefiro não lembrar, fica no alto, distante de minhas mãos e encaixotado.

Um episódio recente fez-me lembrar de algo que está na prateleira de cima. Peguei a escada e abri a caixa, desembrulhei e olhei para aquele acontecimento passado. Mas não doeu, não dói mais. Superei. E me regozijei ao lembrar que fui vitoriosa. Ficou uma lição e tanto. Graças ao aprendizado e maturidade, o que aconteceu agora não me abala, apenas me deixa indignada. Vencerei mais uma vez. Quiçá tenha acontecido pra eu colher bênçãos maiores.

Eu creio que Deus usa as pessoas pra falar com a gente. Estava andando na rua e um homem bem incomum nos trajes e fisionomia, olhou pra mim e disse que deveria agradecer a Deus por eu ter passado ao lado dele e ele ter a chance de me olhar. À medida que ele andava, e eu diminuí o passo pra entender, falou palavras bonitas sobre amor, trabalho, coração, tirar a dor do peito. Ele foi pra lá, eu pra acolá. Ambos desejando a presença de Deus na vida um do outro. Vi no rosto daquele homem o sofrimento estampado, mas seus olhos 
vestiam a esperança.

Gosto quando o vendedor de guloseimas no sinal fala meu nome e eu falo o dele e a gente se sorri. Gosto quando uma pessoa que atendi no trabalho passa ao meu lado e me cumprimenta com alegria e ainda mais quando tenho uma boa notícia pra lhe dar. Amo os olhares ternos em minha direção numa reciprocidade ao afeto que lhes tenho. Sei quando vêem a mulher e quando vêem a menina. Sei quando tudo isso se mistura e se confunde. Sei que nem sempre posso confiar nos homens, mas fico contente quando percebo que valeu a pena acreditar.

Todos nós – penso eu – devemos escolher uma bandeira pra carregar ao longo da vida. Nos desfiles de sete de setembro está a bandeira do Brasil. Uma vez por ano ela se faz presente na passarela, mesmo que quem a carregue não tenha qualquer orgulho ou admiração pelo seu país. Cumpre-se a missão de levar a bandeira e só.

Mas sobre a bandeira da qual falo não pode ser assim. É uma escolha pessoal, independentemente de país de nascimento. Tem a ver com nosso ideal. Tem a ver com nossos sonhos.

A minha bandeira - descobri – é a da “humanidade”. E mesmo que ajam com desumanidade, inclusive em relação a mim, preciso continuar com a minha bandeira, desfilando em todos os lugares e momentos, num basta à desumanização que afugenta nossos sonhos e tenta nos tornar “máquinas”.

O armário da memória está bem cheio, mas organizado e controlado. Há ainda espaço pra mais aprendizado.

Além do corpo

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Mãos atadas
Pensamento livre

21 outubro 2010

Na pista?

Assalto, Romário, cruzado, balancinho, contratempo com facão. Entendeu? Não se preocupe se a resposta foi negativa. Explico. São nomes de passos do samba na dança de salão. Mas, claro, o fato de eu saber disso não significa que você pode me tirar pra dançar e que daremos um show na pista.

Assim como para ler uma palavra é preciso não apenas conhecer o alfabeto, mas juntar as letras, o mesmo na dança de salão. Temos que saber como é cada passo e uni-los, formando coreografias. Dito isso, vamos ao que interessa. Sou aprendiz na dança de salão. Sei fazer cada um dos passos acima mencionados e outros que não me lembro o nome (não é essencial saber), bem como sei juntá-los, passando de um para outro passo.

Calma, não se anime ainda pra me chamar pra pista. Na qualidade de dama, deverei ser conduzida. Isso mesmo! Não adianta esperar que eu dê o comando sobre que passo fazer. Nós, as damas, nessas horas – que fique bem claro – aceitamos a submissão. E quando o cavalheiro sabe mandar, ou melhor, conduzir, é uma beleza. Aí parece aquela história do côncavo e o convexo, tamanha sincronia.  

Ainda não me convide. Tem algo mais. É preciso prática. Meu professor de dança entre um giro e outro diz que tenho facilidade pra aprender os passos, que sei os passos e isso e aquilo, mas me falta a prática pra ficar bem natural. Ou seja: deveria sair pra dançar.


Preciso dizer outra coisa. Sou caseira ao extremo e tenho dificuldade em cumprir o item “sair”. Hoje o professor de dança me disse (e ao telefone, enquanto me lembrava de um baile que terá à noite): “É como aprender a dirigir, tem que praticar”. Falei que estava propensa a ir. Mas entre o telefonema e meu retorno pra casa após o trabalho, li a sinopse de um filme.

Em síntese, não estarei no baile mais uma vez.  Aluguei um DVD e esta noite vou ver um filme maravilhoso em minha casa.

(Fátima Nascimento) 

Reconciliação

Resolvi me reconciliar com o texto em prosa. Há algum tempo atenho-me aos poucos versos em poemas e algumas notas curtas sobre um caso ou outro. Imponho-me o desafio de não deixar de exercitar a escrita da poesia, uma vez que o inverso aconteceu. Abracei a poesia e me “separei” da crônica e dos contos. Mas tenho a dizer – em minha defesa – que a leitura dos gêneros continuou, especialmente os textos de Rubem Alves, Fabrício Carpinejar e Clarice Lispector.

Pensando cá com os botões das rosas que tenho na roseira, na poesia estou nas entrelinhas, não me exponho amiúde. Tem que ser um leitor tenaz pra erguer a palavra e ver o que tem debaixo dela; já na crônica é diferente. Escrevo sobre o cotidiano, o que sinto, o que vi ou queria ter visto; relato minhas impressões e angústias pelas mazelas na sociedade; sou intérprete em prosa do que capta o meu olhar.

Da fotografia eu me confesso refém. Porém, fotografo menos do que gostaria. Acredito no impacto da imagem que pode ou não ser conciliada com o texto. Quando a fala se ausenta, a foto conta tão bem o meu encanto ou desencanto. Dia desses cliquei uma cena descabida e de fácil solução, em minha opinião. Ao mostrar centenas de fotos, a tal imagem apareceu. Em seguida veio a ordem – de uma autoridade – para que uma mudança fosse realizada. Não precisei usar as palavras e nem estava à vontade pra isso. A força da imagem foi o bastante.

É isso. Desejo que os leitores já habituados à escrita sucinta neste espaço, permitam-se um tempo um pouco maior por aqui, pra que leiam mais algumas palavras que escorregam pra ponta de meus dedos, caem no teclado e aparecem – como mágica – na tela de seu computador. Se comentarem, então, será um incentivo e tanto.

Como estímulo ao leitor, antecipo que até nas crônicas, artigos e contos sou uma escritora concisa. Escrever um romance seria um desafio DESAFIO pra mim. Quem sabe um dia...

20 outubro 2010

Entre o céu e a terra

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Em Porto de Galinhas/PE             Foto: Fátima Nascimento
 
















Na cruz a dor
e a esperança
Morte e vida
E_terna
Entre o verde e a rocha
Debaixo do céu
Todos nós
Todos os nós
Entre_laçados
com Cristo

(Fátima Nascimento)

Mover-se

ancora
Pontal de Atafona, SJB/RJ           Foto: Fátima Nascimento 


















Em breve partir
Pescar sonhos
Encontrar o infinito
No horizonte
Erguer a âncora
Tirar o peso
E seguir

(Fátima Nascimento)

19 outubro 2010

Bienal do Livro em Campos

Esta é uma notícia que me faz sorrir aberto. Foi anunciada oficialmente pela Prefeitura de Campos a realização da Bienal do Livro, que acontecerá entre os dias 05 e 14 de novembro de 2010, na Praça São Salvador.

Agora é grande a expectativa pra saber quais oficinas e escritores farão parte da programação. O que já sabemos é que haverá um tributo à romancista Rachel de Queiroz (que faria 100 anos em novembro) e homenagem ao poeta e escritor  Ferreira Gullar. A informação está no portal da prefeitura.

18 outubro 2010

Caminhos

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Em Lagoa de Cima, Campos/RJ        Foto: Fátima Nascimento 




















A Terra é redonda
já cedo aprendemos
Força pra seguir
Apesar dos tropeços
Mãos no desejo
Desejo no peito
A luta começa do nascimento

(Fátima Nascimento)

Eleições em fotos

Página do Jornal Parlatório, do TRE/RJ
A 98a. Zona Eleitoral de Campos inovou nas eleições deste ano (primeiro turno). Foi realizado um registro em imagens do pleito, destacando especialmente o trabalho de mésários, presidentes de seções e supervisores, além da atuação dos serventuários do Cartório Eleitoral. A iniciativa partiu de Marcelo Bessa, Chefe do Cartório.

Há alguns anos trabalho como supervisora nas eleições. Marcelo, sabedor de minha "queda" por fotografia, deu-me a tarefa de fotografar, o que acatei prontamente, sem qualquer objeção.

Cerca de 500 imagens contam a história da véspera e do dia da eleição, havendo registro da montagem das seções eleitorais (no sábado) e toda a rotina do dia do pleito (desde a impressão da zeréssima até a impressão do boletim de urna e ainda a desmontagem das seções).

Agradeço pela oportunidade de colaborar com este projeto, diga-se, pioneiro (até onde sabemos). Vale destacar que em todos os momentos o sigilo do voto e o respeito ao eleitor foram observados. Obrigada ao Marcelo Bessa e à toda equipe de trabalho.

17 outubro 2010

15 outubro 2010

Necessidade

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Rio Imbé, em Lagoa de Cima, Campos/RJ       Foto: Fátima Nascimento

















Nova dose
Verde na veia
Pra seguir
Inteira
(abstinência)

- Fátima Nascimento -

14 outubro 2010

Experiência

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No pontal de Atafona, em São João da Barra-RJ





















adversas vontades
exposição
e fragilidade
(como a vida de cada um de nós)

- Fátima Nascimento -


“Se o tempo envelhecer o seu corpo
mas não envelhecer a sua emoção,
você será sempre feliz
(Augusto Cury)

Foto: Fátima Nascimento

Nosso amicão


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Quando eu chegar na casa onde ele morava, não mais virá ao encontro do  meu carro e esperará pacientemente que eu abra a porta. Não encostará seu negro pelo em minhas pernas pedindo carinho. Não cheirará e urinará na roda do veículo. 

Não o verei com olhar “pidão” querendo ir pra beira-mar e ainda sua alegria saltitante por ter seu apelo atendido.  Não mais contemplarei seus mergulhos no mar, como se fosse íntimo do oceano. Não ficará entre a porta da varanda e a da sala acompanhando o movimento interno e sendo companhia.

Atualizados recentemente
Não estará mais encostado na porta de casa ansioso para que alguém a abra pela manhã. Não correrá para o portão pressentindo que seu dono (o meu irmão) se aproxima. 


Não mais sentará ao meu lado e encostará sua cabeça em meu colo ou me dará a pata, querendo que compartilhe meu alimento. Todo o “não mais” é porque ele cumpriu sua missão entre nós e partiu.  O Labrador “Brother”  (este o nome dele) esteve por quase oito anos em minha família. Um amicão inesquecível.

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12 outubro 2010

Fauna e flora

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Em Bonito-MS            Foto: FNascimento

Orgulho

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Quantos sóis serão necessários
pra que você perceba
que a lua se envaidece
quando nos vê lado a lado?
 
Foto: Fátima Nascimento

Visita

O vento antecipa
o outono
Há folhas no chão da sala

(Fátima Nascimento)

Moldura do olhar

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Praia de Atafona, São João da Barra-RJ            Foto: Fátima Nascimento 

11 outubro 2010

Todos os dias são delas

Sequência de fotos (captadas por mim) da meninada que um dia – e que assim seja – irá crescer. Mas que o crescimento não seja apenas em estatura, mas também em sabedoria e maturidade.

Que nossas crianças encontrem nas escolas as respostas que precisam pra avançar profissionalmente; que tenham nos professores  também ensinamentos de humanidade; que em suas casas vejam nas pessoas que são responsáveis por elas: respeito, esperança, luta justa, entrega saudável, dignidade da moradia e amor abundante.

Que haja NÃO à exploração infantil e NÃO à pedofilia.

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Fotos: Fátima Nascimento
Em Lagoa de Cima (Campos/RJ) e Praia de Atafona (São João da Barra/RJ)

10 outubro 2010

O homem do sinal

No sinal de trânsito
Um vendedor de  guloseimas

Já sei seu nome
Ele, o meu

Seu sorriso me abraça
Tem dois braços
Uma perna

O homem do sinal confessa:
tem depressão

Espero o verde pra seguir
Ainda no vermelho
Falo de "sol"

Sigo o caminho
Nem sempre ele está presente

Se paro e o vejo, digo seu nome
Seu sorriso repete o abraço

Por uns momentos,
Embalamo-nos na noite
E ele se permite não vender
Eu me permito a janela aberta

Entre o vermelho e o verde
A pausa pra atenção
Ao humano do sinal

(Fátima Nascimento)

De dentro pra fora

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Quando a criança que me habita sai para brincar,
 não há “adulto” que a sossegue.  

Desconfio que fui contaminada pelo poeta Manoel de Barros,
com quem estive em maio de 2009, em Campo Grande,
 no Mato Grosso do Sul.  

Ele disse:
 “Quando eu crescer vou ficar criança”. 

Penso que estou no mesmo caminho. 

Hoje o homem-menino Manoel de Barros - que moleca o idioma -
está com 93 anos de idade.

09 outubro 2010

Novo ver

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desafio:
não perder o belo
recompensa:
renovar-se
ver que o céu assenta no mar
o mar beija a areia
e as árvores testemunham o encontro

(Fátima Nascimento)

Foto: Fátima Nascimento     Atafona, São João da Barra/RJ

Amanhecer ave

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Arara em Bonito, Mato Grosso do Sul        Foto: Fátima Nascimento

















o sábado acordou cheio de sol
uma arara se mistura ao verde
pintada de cores
branca, azul, verde, amarela, preta e cinza
sua imagem eterniza-se em mim

(Fátima Nascimento)

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Manoel de Barros, o grande poeta, disse:

“Deixei uma ave me amanhecer”.

Agora entendo os vôos do pensamento do Manoel.

07 outubro 2010

Ipês na educação

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O sorriso da primavera é um convite à fotografafia.  Aceito e retribuo sorrindo. Os ipês amarelos estão floridos no campus da Uenf – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro –, em Campos dos Goytacazes/RJ. Passei por lá na manhã desta quinta-feira, dia 07.

05 outubro 2010

Roupagem

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quero a palavra
vestida
de sol
que ilumine a face
num sorriso aberto

quero o amanhecer
colorido de verde
que leva o dia
pra noite

quero o prateado da lua
que convida
a adormecer em paz

quero o vento
que transporte
de uma ponta à outra
do arco-íris

quero as cores de Deus
na vida que me colore

(Fátima Nascimento)
 
Foto: Fátima Nascimento       Rio Miranda, Pantanal, Mato Grosso do Sul

04 outubro 2010

Sentimentos

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sede

fome

iguais

diferentes

crentes

no amor

encontro

às claras

de dia

de tarde

quiçá, noturno

dias

alguns

parecem muitos

espera

vontades

mãos

olhos

pescoço

cabeça aponta

pulso pulsa

imagem

ação

imaginação

… quereres

(Fátima Nascimento)

Foto: Fátima Nascimento        Em Miranda, Pantanal (MS)

Eleições 2010

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Pra não dizer que não falei de eleição, cá uma imagem do “tapete” que cobriu diversos pontos do país. Em Campos dos Goytacazes/RJ, em dia chuvoso, os papeis ficaram grudados no chão. Se não fosse isso, seria um “vendaval” de panfletos.

Você pode acompanhar o resultado das eleições no site do TSE. O segundo turno já está confirmado.

Foto: Fátima Nascimento      No Liceu de Humanidades de Campos

02 outubro 2010

Confissão

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Gosto
do perfume que me toma
no travesseiro ao lado
vestígio de sua recente presença

De seu sorriso que me beija
mesmo sem o toque dos lábios
Da rede que nos acolhe
medida exata de nosso corpo
De sua respiração rente à minha
um convite

Entre dicionário e amenidades da tv
nossa conversa passeia
e se encontra

Quando o silêncio nos interrompe,
os galos cantam
e anunciam o pré-amanhecer

No acordar do dia,
pássaros parecem saber que
ao meu lado
dorme um violeiro-poeta-cantor
E gorjeiam com alegria.

(Fátima Nascimento)
 
Foto: Fátima Nascimento

Presentes

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O dia que vem
me abraça
O de ontem,
beijou a face
São lembranças suaves
de lugares que conheci
e de gente que vi.

(Fátima Nascimento)

Foto: Fátima Nascimento      Miranda, Pantanal do Mato Grosso do Sul

01 outubro 2010

Desejo

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espero a palavra
molhada
que regue o sol

(Fátima Nascimento)

Foto: Fátima Nascimento    Rio Miranda, Pantanal do Mato Grosso do Sul

Humana

Há momentos em que o cansaço, a decepção, o "não dar conta" sufocam... Nessas horas, eu saio de dentro de mim e esbravejo. E a ves...