26 abril 2006

O que vai jogar fora?


Pode ser algo que você tenha ou que tem muito por aí.
Você quem sabe... A hora é de limpeza!
Um dos itens que eu jogaria fora é a inveja.
Graças a Deus não cultivo tal sentimento em mim.
Foto by Fátima Nascimento

24 abril 2006

Desejo de partir


"(...) vida sem entusiasmo é como festa que perdeu a graça:
a gente tem vontade de pegar a bolsa e ir embora".
- Dito por Lya Luft em "O rio do meio".

Todos corremos o risco de vez ou outra desejar partir. E é saudável, de certa forma. Sinal que não estamos acomodados, queremos outra coisa, almejamos mudança. Faz parte do nosso ser "inquieto" e competitivo. De repente, conseguimos a mudança sem mesmo sair do lugar. Questão de pensamento e atitude. Aquele velho papo de começar dentro de nós, em nós. De dentro pra fora, estas coisas...

22 abril 2006

Deixe a janela aberta


Gosto de janelas. Nada a ver com o material de que são feitas, mas sobre o que se pode ver através delas. Nada a ver também com bisbilhotar a vida alheia. Sou do tipo que observa todos os quadrantes. Vejo o céu, as nuvens, seus desenhos imaginários. Fico feliz quando avisto aves, mesmo que sejam urubus. Quando me concentro no quadrante inferior, olho as árvores, pássaros nelas, folhas verdes ou o sinal de que o outono chegou. Verifico o que mais há nas calçadas. Se estão sujas, limpas, com ou sem mato. Alegro-me quando encontro crianças com bolas-de-gude, pipas ou brincando de amarelinha.

O passeio visual continua. Olho para um lado, para o outro. Percebo quando há uma discussão mais inflamada ou quando alguém remexe as lixeiras procurando pelo resto de alguma coisa que possa amenizar sua miserabilidade. Aí eu me escondo. Não desejo constranger. Vejo cachorros nas ruas. A lata de lixo não é apenas deles.

Muitas janelas podem ser usadas como camarotes vip. Através das do trabalho visualizo “flanelinhas”, pessoas que passam rápido demais ou vagarosamente. Homens com terno e sem terno; mulheres muito ou pouco arrumadas. Carros modernos, clássicos, antigos e novos. Estudantes adultos e estudantes adolescentes. Crianças sem escola que apelam para a compra de guloseimas. Outros humanos a quem chamamos mendigos ou pedintes, que geralmente são inconvenientes na insistência por algum trocado. Um mesmo planeta com lados opostos.

Impossível esquecer de uma cena que vi há muitos anos, quando eu estava do outro lado da janela, do lado de fora. Era uma criança que dava os últimos suspiros de vida. A janela da casa dela estava aberta e quem quis viu que a fome e a desnutrição podem ser fatais.

Há momentos em que a vontade é de fechar a janela. Mas seria uma auto-enganação. Pode ser covardia viver no escuro todo o tempo. Melhor encarar. Melhor enxergar. Melhor atirar-se na vida, mesmo que haja uma tempestade lá fora ou no interior de outras janelas ou dentro de nós mesmos. Mantenha os olhos atentos e permita que o coração chore ou sorria. Depois, aja com sabedoria.


Texto e foto by Fátima Nascimento - Jornal Monitor Campista, 2º Caderno, 04/04/2006

18 abril 2006

Pescaria difícil

Uma lagoa. Não é a lagoa azul daquele filme já exibido tantas vezes na televisão, mas a de Grussaí, em São João da Barra/RJ. Também não é encantada, mas bem que poderia ser... Da sua água doce poderiam emergir - não somente peixes - , mas homens públicos que respeitem o povo. Carecemos disso.

Foto: Fátima Nascimento

16 abril 2006

Bares de oxigênio?

Chegou ao Brasil a prática de "bares de oxigênio". O O2 é passado através de canudinhos individuais e intransferíveis ligados diretamente nas narinas dos consumidores. Para o professor de pneumologia da UERJ, Arnaldo José Noronha Filho, a medida é perigosa.
Nós constatamos que quem cheira oxigênio em altas concentrações durante muito tempo pode até desenvolver uma fibrose pulmonar ou mesmo acabar alterando o mecanismo automático de respiração do corpo”, alerta Arnaldo Filho.
Matéria sobre o assunto está no site no mínimo. Como eu adoto a máxima de que "na dúvida, não ultrapasse", recomendo que leia a reportagem, antes que você, familiares e amigos sejam atraídos pelos "bares de oxigênio".

15 abril 2006

O som da esperança


Ver crianças envolvidas com música é inspirador. Pequenas mãos mágicas que a cada dedilhar de cordas nos convidam a renovar a esperança.

As meninas da foto são de São Fidélis, Estado do Rio. Na ocasião elas participavam do "Café Literário" no Palácio da Cultura, em Campos/RJ.

Foto: Fátima Nascimento

14 abril 2006

Imaginação em uso


O que é isso?
Ah, um pé de passarinho...
As aves voam quando estão maduras.
Um lindo espetáculo da natureza!

Foto de Fátima Nascimento

11 abril 2006

Destruição anunciada

A foto acima registra as conseqüências do avanço do mar na praia de Atafona, em São João da Barra, Estado do Rio de Janeiro. Dezenas de casas já foram "engolidas" pelas ondas e muitas ruas desapareceram. O fenômeno ocorre há mais de 10 anos na praia sanjoanense. Um belo cenário para fotos, mas uma triste realidade pra moradores e veranistas.
Foto by Fátima Nascimento clicada em março/2006.

09 abril 2006

Mocinhos amedrontados

A vida não é uma novela. O final feliz não é certo e sequer temos uma sinopse sobre cada pessoa que está ao nosso redor ou que se aproxime de nós. Não temos capítulos previamente escritos. Nossa vida é construída dia-a-dia. O fim pode ser a qualquer momento, com um desfecho que foge ao controle. O dinheiro não é cenográfico; precisamos do papel-moeda verdadeiro.

Atores ou não, somos personagens na engrenagem mundial e temos um roteiro com adaptações diárias. O figurino é completo. Vestimo-nos, por vezes, de palhaços, colocamos armaduras pra ataque e defesa, também carapuças em nós e em tanta gente. Mas somos e lidamos com pessoas reais. As lágrimas e os sorrisos são de verdade, embora exista quem ache engraçada a desgraça alheia e quem chore fingindo uma dor que não sente.

Há personagens perigosos, talvez no mesmo palco que você. Quando estamos no carro ou no ônibus, podemos ser abordados pelos que desempenham o papel de bandidos. Sem dó, podem cortar nosso pescoço, ao puxar um cordão; arrancar nosso dedo, pra ter um anel. Matam por um carro, pela droga, pela ganância, pelo sabor da vingança, porque ignoram o mandamento “não matarás”.

Quem dera as lágrimas tristes viessem à tona apenas em razão de uma cena emocionante na novela ou filme. Não é assim. O que fazer, então? Não dá pra se esconder ou andar pelas ruas com um detector de violência. Não dá pra aderir à síndrome do pânico e temer a própria sombra. Já ouvi bastante que “violência gera violência”. Está na hora da paz gerar paz. E que a produção seja tamanha que neutralize os vilões da humanidade.

* Texto de Fátima Nascimento publicado em 10/08/2004 no Jornal Monitor Campista

07 abril 2006

Atrás de manchetes, câmeras, microfones...

Profissional de comunicação social por formação e prática, não deixaria de me manifestar no Dia do Jornalista. A profissão não é tão glamourosa quanto aparenta. Trabalhos em sábados, domingos, feriados e salários geralmente não compatíveis com a responsabilidade. Mas não me arrependo de um dia ter optado pela faculdade de jornalismo, concluída em 1991. Sou do tipo multimídia, com atuação em rádio, jornal, televisão e web. Não estou mais no dia-a-dia do jornalismo por opção própria, mas em síntese digo que valeu a pena.

Parabéns a todos os colegas jornalistas!

Na foto: Senador Nelson Carneiro

06 abril 2006

A noite sempre vem


Gosto da noite. Mas não só para dormir, embora aprecie uma boa noite de sono. Ela chega como uma recompensa pelo dia de trabalho, pela correria pra não se chegar atrasada nos compromissos diurnos, pra se dar conta das tarefas dentro do possível. Também é a noite que tenho a chance de fazer uma leitura agradável, navegar na internet, assistir à televisão... Deve ser por isso que sempre vou dormir tão tarde. A foto ao lado é um pouco antiga. A lua me convidou a olhar pela janela. Aceitei.

03 abril 2006

Você já viu uma coruja?


Se tem uma coisa que me deixa feliz é ver uma coruja. Se eu tiver a chance de fotografá-la, então, é sorriso de orelha-a-orelha. Dia desses eu vi uma bem grande, devia ser macho, pelo o que andei lendo a respeito deste animal que é símbolo de sabedoria. Deve ser por isso que a sabedoria nos homens anda escassa. É raro encontrar corujas, especialmente em área urbana. A da foto eu cliquei ano passado. Felicidade, claro!

02 abril 2006

Espante os urubus!


Baú de sentimentos

O baú está cheio. Uma mistura de coisas boas e ruins em um pequeno espaço. Tampa pesada e chave perdida. Não se consegue abri-lo pra deixar ir embora o que não traz boa recordação. Muitas pessoas seguem levando o baú nas costas durante anos. Têm medo de arrebentar a fechadura. Temem encontrar a alegria de outrora e comparar ao que têm hoje. O baú, para muitos, é um fardo; para outros, um conselheiro.

Estar preso ao passado, não é bom. Tirar lições para o presente e futuro, aí, sim, vale a pena. Mas não é comum. Há os que olham para trás e crucificam os outros pela tristeza que sentem e existem os que culpam a si mesmos. Relacionamentos mal-sucedidos, oportunidades de trabalho perdidas, amizades rompidas, maldades feitas e sentidas – tudo no baú; ou fora dele, mas, acreditam, conseqüência do que está lá.

O baú está trancado. Alguém disse que a pessoa que o faria feliz ficou no passado. E esta dita certeza não o deixa ver alegria no que pôde experimentar ao longo dos anos. A vida não é um conto de fadas ou uma novela com diversos finais gravados. Em vários momentos temos escolhas a fazer. Precisamos assumir nossas opções. Enquanto você culpa o passado ou chora por ele, o presente está indo embora e ficando pra trás também.

Se necessário, abra o baú. Se estiver em tempo, resgate algo de bom que esteja lá dentro e se permita ousar. Tome uma atitude positiva. Eu não sei o que já tem no seu baú. Mas estou certa de que o mais antigo deve ficar no fundo e ser remexido tão somente pra contribuir para um amanhã melhor. Os erros de outrora podem ser nossos professores hoje. Chega de chorar pelo leite derramado. Tiremos proveito do leite que sobrou.
* O texto acima é de minha autoria e foi publicado no Jornal Monitor Campista em 17/08/2004.
Foto by Fátima Nascimento

01 abril 2006

É verdade

A partir deste 1º de abril, o salário-mínimo é de R$ 350 (trezentos e cinqüenta reais). Mas não vou tirar proveito da data e dizer que tal valor é suficiente para o sustento de uma pessoa, quiçá de uma família. O povo não merece... e ninguém vai acreditar mesmo.


Dia de Pinóquio
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Humana

Há momentos em que o cansaço, a decepção, o "não dar conta" sufocam... Nessas horas, eu saio de dentro de mim e esbravejo. E a ves...