04 agosto 2013

Presente do Criador


                                                                      Foto: Fátima Nascimento (Pantanal/MS)
 Contemplar a natureza sustenta o meu olhar.
Fátima Nascimento
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Direção



                                                                                          Foto: Fátima Nascimento
 Saber onde se quer chegar,
determina o caminho a ser seguido.

Fátima Nascimento
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26 abril 2013

Dica de leitura

Recomendo o livro "Uma porta para a vida", de Celso Bueno de Godoy. Ex-usuário de drogas, ex-presidiário... Hoje pastor evangélico, servo de Deus.

Godoy é um homem vitorioso, pela graça e poder de Deus. A narrativa no livro é excelente!

30 março 2013

Malhação moderna no Sábado de Aleluia


Fátima Nascimento

Duas e quarenta da tarde. Garoa fina. Como não sou de papel e nem de açúcar, coloquei a bicicleta na rua e saí a pedalar pelo bairro, exercitando-me. Sabemos que podemos presenciar transtornos no trânsito, testemunhar alguma discussão acalorada ou ainda ver pessoas famintas de comida e de atenção de governantes e o antagonismo entre casebres humildes e casas.

Segui rua adiante e entrei à esquerda do primeiro cruzamento. Agora na ciclovia e sem o incômodo de pedalar sobre paralelepípedos. Cinquenta metros mais e uma parada. O inesperado diante de mim. Acontece todos os dias, eu sei. Mas não imaginei a cena numa tranquila pedalada vespertina no Sábado de Aleluia.

“Foi atropelamento?”, perguntei a um ciclista. Ele disse: “Não, foi assassinato. Dois tiros”. Um senhor também parou na ciclovia e, ao ouvir a resposta dada a mim, comentou: “Aconteceu, não se pode fazer mais nada”, e seguiu.

Passei quatro vezes no local do crime, sempre na ciclovia. Vi a ambulância do Corpo de Bombeiros chegar. Os homens cobrirem, na calçada, o corpo com saco plástico. A polícia parar. Amontoar cada vez mais pessoas. Quem atirou? Por quê?

Webjornais noticiam ter a ver com tráfico de drogas, que foram encontradas pedras de crack na roupa do jovem de 29 anos, que alguém teria atirado contra ele de dentro de um carro e que o rapaz estava numa bicicleta.

Aberta a janela da memória. A primeira vez que presenciei alguém alvejado a tiros foi no começo da década de 90. Um homem em um barraco, sobre a cama e um cachorro sentado ao lado do corpo. Assim foi a minha estreia na televisão. Fiz um texto policial com alguma poesia. Uma cena inesquecível! Outras estão no palco das lembranças neste momento. Tristes.

Eu poderia ter encontrado um boneco de pano ou palha no chão, malhado, em protesto à traição de Judas Iscariotes a Jesus Cristo. Afinal, é uma das tradições do “Sábado de Aleluia”! Mas o que encontrei foi um homem de carne e osso, sem vida, na calçada de uma movimentada avenida.

Voltei pra casa. E o céu ainda chorava.
  

08 fevereiro 2013

Bichos do "meu quintal"

                                                                        Foto: Fátima Nascimento


"Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos".
Manoel de Barros

Mais fotos deste ensaio fotográfico veja aqui.

Bichos do "meu quintal"

                                    Foto: Fátima Nascimento

"Lagarto apressado atravessa o terreiro. 
Olho de angu."
Manoel de Barros



Imagem do ensaio fotográfico "Bichos do meu quintal". 
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20 janeiro 2013

Tumor na alma

Cheiro forte. Odor ruim. Uma casa fechada. Ninguém atendeu. Polícia chamada. Suspeita comprovada: um corpo humano apodrecia lá dentro. Li a notícia no jornal. Tratava-se de um homem de pouco mais de 50 anos de idade e que eu conhecia há mais de 20 anos. Nosso contato, entretanto, era pouco frequente. E quando acontecia era por questões profissionais: eu na função de jornalista e ele na de artista plástico. Mas há muitíssimo tempo não o via, especialmente porque não labuto na imprensa diária desde 2002.

Imaginei há quanto tempo aquele homem deveria estar já sem vida ou sem ninguém por perto pra acudi-lo. Último capítulo triste na história de quem colocou sua arte em quadros e encantou tantos com seu talento. "Vidas" em molduras e a morte solitária do autor dos quadros. 

Talvez ele tenha recebido alguns telefonemas ou a campainha de sua casa tenha tocado durante o período em que jazia morto ou até tenha tentado atender às primeiras chamadas, mas estivesse impossibilitado de locomoção pela fraqueza ou forte dor. Causa da morte desconhecida. Putrefação adiantada. Não puderam ser realizados exames cadavéricos.

Só mesmo um milagre traria à vida aquele homem, como quando Jesus ressuscitou Lázaro que estava morto há quatro dias e cujo corpo cheirava mal,  conforme narrado na Bíblia Sagrada, no Livro de João Capítulo 11, versículos de 39 a 44. Não raro muitos ficam na expectativa de uma solução, de um acontecimento milagroso. 

Para que tenhamos qualquer vitória temos que fazer a nossa parte. Jesus pediu que alguém removesse a pedra e então Lázaro saiu do túmulo. Primeiro Noé teve que construir a arca e colocar os animais dentro dela para só depois Deus fazer chover.

Quando a morte chega, exceto se advier o milagre da ressurreição, não há como retroceder ou avançar. Daí termos que estar atentos ao que temos feito ou deixado de fazer. Nossas atitudes vão determinar o tempo em que estaremos com uma vida escassa de paz, conquistas, amor e alegria.

O homem que citei morreu sozinho. Não conheço a história pessoal dele. Entretanto, sei de pessoas que se enclausuram em autopiedade e tristezas. Que encarceram a alma, não se colocam livres para alçar novos voos e enforcam a esperança.  Prendem a emoção do passado e não se libertam das angústias e traumas. Há vida, mas apodrecido está o coração. E se isolam. E são isolados.

Não deixe sua alma adoecer. Já disse, acertadamente, a poeta e filósofa Viviane Mosé: "dor endurecida é tumor". 



14 janeiro 2013

Uma telespectadora passiva de BBBs etc

Existe o fumante passivo. Não é novidade e todo mundo sabe o que significa. Agora também me enquadro noutra categoria: a do telespectador passivo (nem sei se já existe esta expressão por aí). Há anos não assisto a novelas, mas ouço muitos comentários a respeito. Não vejo Big Brother Brasil, mas estou inserida entre os que vêem o programa. O tema pode não me interessar, mas minha audição capta os sons ao meu redor. Vivo em sociedade.

Recentemente uma colega falava sobre alguém preocupadamente. Eu estava concentrada em meu trabalho e - como se diz - "peguei o bonde andando". Imaginei que havia acontecido algo com um familiar ou uma pessoa muito amiga. Nada disso. Tratava-se de ficção. Era sobre uma personagem de novela. Até fiquei aliviada.

Domingo, no Fantástico, foi exibido um trecho do BBB. Foi o bastante pra confirmar que ganho (e muito) ao deixar de assistir ao tal reality show. Talvez você seja um telespectador ativo de BBBs e novelas. Cada um alimenta a mente do que pensa precisar ou do que oferecem e, neste caso, sem qualquer questionamento. Eu optei por filtrar, conforme minhas necessidades intelectual, espiritual e emocional.

É verdadeira a máxima de que pra gente ter algo novo é preciso desapegar do velho e que é preciso que pensamentos e comportamentos sejam diferentes para que uma mudança desejada aconteça. Vale a pena uma espécie de faxina no cérebro, como quem tira dele o que obstrui a passagem para pensamentos renovadores.

Quando vejo pessoas alimentando-se de BBBs e novelas, mastigando cada episódio como se fosse  o derradeiro amendoim do pacote, imagino que deve ser insossa a vida de cada uma delas. É como se a história do outro fosse um êxtase e a sua própria uma edição medíocre que circula no planeta Terra.

Mas, é claro, pode não ser nada disso. Quisera estar errada em minha breve análise e permanecer uma telespectadora passiva de BBBs, folhetins tolos etc. Exceto, evidente, se até eles mudarem.

(Fátima Nascimento)

13 janeiro 2013

ReNascimento


nasce o sol
colore o rio
sorrio
e sigo
é boa a semente
que cresce
em mim

(Fátima Nascimento)


05 janeiro 2013

O que nos move

Na ciranda da vida
não podem faltar:
- fé
- esperança
Que nem criança que crê
mesmo sem ver.

(Fátima Nascimento)

Humana

Há momentos em que o cansaço, a decepção, o "não dar conta" sufocam... Nessas horas, eu saio de dentro de mim e esbravejo. E a ves...