15 setembro 2010
Sentidos
Vejo um homem a caminhar
entre árvores e rio
Nos ouvidos sua canção preferida
Os demais sentidos
a absorver a magia do lugar
Nos troncos, seu tato
Cheiro de verde e terra no ar
Olhos de contemplar
sem sequer uma formiga não-ver
Em sua boca o picante e doce
sabor de paz
Natureza-mãe alimenta
o homem.
(Fátima Nascimento)
Foto: Fátima Nascimento Em Miranda, Pantanal do MS.
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Humana
Há momentos em que o cansaço, a decepção, o "não dar conta" sufocam... Nessas horas, eu saio de dentro de mim e esbravejo. E a ves...
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Toda guerra trata-se de diálogos não realizados e de afetos não administrados.
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Na estrada, curvas. Na vida, assombros. No ser, faltas. Buscas que não cessam.
2 comentários:
Linda imagem, sábias palavras! Como sempre!
É isso, amada! É isso. Caminhar na retidão é o melhor para todos. Todos. Todos. Mas muitos pensam que isso é monótono. Monótono??? Monótono é não discernir seu entorno e ser levado para onde não sabe. Que geralmente é para dentro da monotonia, dando dinheiro aos "tratadores de monotonia encontrada".
Linda imagem... me remeteu a isso... a "chegada ao imprevisível cheio de lindas surpresas e nada de dominação."
bjo
J:)
Esse lindo poema rural fez-me lembrar da minha amada Cora Coralina, escritora das glebas de Goiás. A natureza tocando os sentidos, visão, audição, tato, olfato e gosto... E como a mulher tem o sexto sentido, eis você a percebê-lo no silêncio da poetisa que intui o que outros não percebem...
É um doce poema para os olhos, Fátima...
Beijo carinhoso
Lello
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