10 junho 2006

Passa-se orquestra, urgente!

Recomendo em casa que as janelas sejam fechadas assim que comece a anoitecer. Os mosquitos estão mais presentes nos últimos dias. Quando vou dormir fazem questão de dizer que estão ali, velando meu sono. O zumbido é desagradável e desafinado. Ligo o ventilador, cubro as orelhas e finalmente adormeço.

No dia seguinte a cantoria noturna se repete. Além da janela, a porta do quarto também passou a ser fechada a partir de certo horário. Será que entram pelo buraco da fechadura? De repente alguns já moram dentro do meu quarto e ficam acomodados durante o dia debaixo da cama e atrás do guarda-roupa.

Ao menos uma conclusão: os “meus” mosquitos são intelectuais. Tenho por hábito ler antes de dormir. Enquanto faço a leitura, os visitantes malquistos não incomodam. Basta fechar os olhos pra sinfonia começar.

Inseticida neles! – sugeriria você. Esta foi a primeira providência. Daí eu ter chegado à segunda conclusão. Os bichinhos estão mais resistentes que antes. Por mais baforada que eu dê não cai sequer unzinho pra fazer a alegria da casa. O produto é de má qualidade! – diria você. Errado! Marca conceituada, ao menos até então.

Não chego ao ponto de dizer “ou eles ou eu”. Afinal, a casa e tudo o que há nela não vieram de bandeja. Houve e há um tanto de suor pelas conquistas e inúmeras bênçãos divinas. Eles é que saiam do meu quarto, da sala e vão cantar em outra freguesia... Aliás, estou passando de graça uma orquestra sinfônica intelectualizada. Quer pra você?

Texto de Fátima Nascimento
Jornal Monitor Campista, 2º Caderno, 06/06/2006

Um comentário:

Anônimo disse...

No, thanks! =P

Olá, srta Fátima Nascimento! Não sei se lembra de mim... Mas vc já passou pelo meu blog, o EscúchamePorra...
Tô passando por aqui pq --confesso-- eu não me lembrava do teu blog! Decidi vir visitá-lo, ver o que perdi por não lembrar dele...

Bom... Já tentou aqueles inseticidas de ligar na tomada? Daqueles que não deixam cheiro? Pra mim, funcionou!
Seja como for, durma bem!

Bjão!

Catarse

A depender  do autor, quando  o GRITO sai, muita voz foi engolida (ou abafada).