14 dezembro 2010
Espanto poético
Palavras se ausentam,
às vezes.
Fico sem grafia de mim
e não me leio ou soletro.
Pensamento estanca,
mas quer sangrar poesia.
Sinto presa a voz
numa amordaça de silêncio.
Não quero me dizer o que já sei
temo repetir o que não deveria ser.
Agora muda,
tento mudar o mundo em mim.
Se a poesia nasce do espanto,
como diz Ferreira Gullar, o poeta,
que meu silêncio
tome um susto e grite em versos.
(Fátima Nascimento)
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2 comentários:
Que coisa linda manamiga... que coisa linda...
Ass.:
Ovelha
Que bom que gostou! Obrigada!
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