09 março 2015

Mulher: novas e velhas batalhas

Não desejo falar de flores, mas expressar um sentimento de inquietação. As mulheres que tanto batalharam pela liberdade de expressão, valorização no mercado de trabalho, pelo direito de voto e de serem votadas, na atualidade colocam algemas em si. A mulher torna-se escrava de padrões estéticos e de pensamentos pensados por outras pessoas, sem questionar.

O erotismo está presente em novelas e na vida real. A mulher permite-se vulgarizar e ser objeto. Ficam satisfeitas quando têm a entrada franqueada em casas noturnas, sendo “iscas” para atrair fregueses e ficam embriagadas com doses mais baixas de álcool. Daí, em alguns lugares, o ingresso delas ser autorizado antes do acesso dos homens, pois, quando eles chegam, elas estão alcoolizadas.

A mulher adere à moda, mesmo que a roupa não lhe seja apropriada. Não quer parecer démodé. Olha-se no espelho e nota que o tempo escreve por meio de linhas. Vaidosa e orgulhosa, inicia processo de deformação de seu rosto.

Mães vestem suas pequeníssimas meninas como uma mocinha em miniatura. A consequência é a exaltação à vaidade e sensualidade precoce. Quanto aos meninos, têm a chance de educá-los para que sejam maridos respeitosos e participativos no lar, mas se omitem.

Peço desculpas se as palavras nada têm a ver com você. Porém, quantas mulheres conhece? O “Dia Internacional da Mulher“ lembra-nos que a vitória só é alcançada por quem sabe o propósito da luta. Outras batalhas precisam ser vencidas. O período de alistamento está aberto. E por tempo indeterminado.


Fátima Nascimento

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