28 fevereiro 2011

Nossa missão




A música acima é uma oração que devemos fazer todos os dias. É um louvor que me emociona porque toca a minha alma, como um sacramento, um juramento, uma missão. Ouça, quebrante-se...

Faça a diferença neste mundo em que o individualismo é crescente e o ter tem superado o ser.

17 fevereiro 2011

Marcas do tempo


asilo_poesia
Não importa qual asilo de idosos, nele sempre haverá homens e mulheres que têm na face e na fala a marca do tempo. Não faço referência apenas às rugas ou à voz cansada, mas também a calos na memória e frases desconexas. Um deles se aproximará e contará uma estória que você não vai entender. O jeito é fingir-se cúmplice de cada palavra balbuciada sofregamente.

Estive num destes locais que abriga personagens da vida que parecem esperar calmamente pela morte. Dá pra se "ver" anos adiante e ter receio do que o tempo fará conosco. Aos 19 anos visitava com frequência os idosos dum outro asilo. Naquela época, talvez por estar mais longe da velhice, tinha um olhar diferente. Via naqueles senhores e senhoras as figuras de meus avós e não a mim em um futuro.

Adélia Prado em "O tempo", escreveu: "(...) além de velha pecava pela rejeição de sua velhice e pecava feio, aumentando-se por conseqüência e castigo em mais velhice e mais feiúra". Não rejeitar a velhice deve ser fundamental para que ela chegue moderadamente. É como se aceitar de forma gradativa. Ver as mudanças no corpo, na disposição física como reflexos do amadurecimento ou uma conseqüência natural às pessoas que acumulam anos à existência.

Assistindo a uma entrevista do grande poeta Manoel de Barros, concedida aos 90 anos, nutri o desejo de alcançar a sua idade com a mesma lucidez, sapiência e espírito jovial que ele mantém. Invejei – no bom sentido – a sua pureza. Como um homem, aos 90 anos, permanece tão lindamente puro? Não há rastro de contaminação de sentimentos, parecem inexistir pecados velados.

Embora nonagenário, Manoel de Barros tem o olhar de uma criança e suas palavras expressam este enxergar diferenciado. Encanto-me com seus poemas cheios de poesia. Ele ensina que "(...) as folhas das árvores servem para nos ensinar a cair sem alardes".

Se eu chegar ao clímax do amadurecimento etário, Deus permita que seja capaz de despertar em quem estiver por perto um encantamento, senão igual, ao menos semelhante. Aí poderei dizer que eu e o tempo caminhamos lado a lado e que suas marcas não me foram letais.

(Fátima Nascimento)

12 fevereiro 2011

Contos que conto

Felicidade pra presente
"O céu estava vestido de azul. As ondas do mar iam e vinham num mesmo ritmo, com calma. Uma brisa suave diferia muito da ventania que levantou a areia no dia anterior. A antítese era Leopoldo. A cada dois minutos conferia no relógio o tempo que faltava pra revê-la. A ansiedade crescia à medida que as lembranças pareciam ganhar vida (...)".


A história completa você acompanha no Verbo Solto em Contos
Clique aqui e leia. 

11 fevereiro 2011

Liberdade aos passarinhos

A prisão dos pássaros me incomoda, mas nem sempre foi assim. Tive passarinhos engaiolados quando criança e o passatempo de meu avô era "cuidar" desses bichinhos em gaiolas e manter alçapões no quintal pra aumentar a criação. Naquela época eu não tinha uma opinião formada sobre a limitação que era imposta aos pássaros. Hoje mais consciente e valorizando a liberdade do ir e vir, não ouso prender estes seres.

Prefiro passarinhos livres. Quero-os cantando, colorindo árvores, fiações e o céu. Um "querer" sozinho não pode muito, mas pode ser o começo de uma revolução nos pensamentos e atitudes. Foi assim em Fortuna de Minas, município de Minas Gerais. Uma história que vale a pena contar e vivenciar.

A população de Fortuna de Minas, após o trabalho de conscientização iniciado por um morador, desengaiolou os pássaros. A natureza deu-lhes morada nas árvores e até os postes (obra dos homens) servem de hospedagem, com ninhos contrapondo-se ao concreto.

Pássaros livres para acasalamento, livres para construir seus ninhos e buscar seu alimento. As gaiolas ficaram vazias. Fora delas estão os pássaros de Fortuna de Minas e também os homens que têm a riqueza dos pássaros. A cantoria afinada ganhou volume com o nascimento de novas aves e mais inspiração.

Assim como o poeta Manoel de Barros, eu quero "a palavra que sirva na boca dos passarinhos". Atrevo-me a afirmar que a palavra liberdade é uma delas.


* Texto inicialmente publicado no Jornal Monitor Campista em 20/05/2008.

08 fevereiro 2011

Contos que conto

Abaixo do céu
"Todos os dias ele olhava o céu e franzia a testa como quem força a visão. Em seguida voltava pra dentro de casa. A cena era vista pela manhã, tarde e noite. Havia uma curiosidade entre a vizinhança: o que tanto ele via ou queria ver? Os vizinhos especulavam sobre o assunto (...)".


Quer que eu lhe conte toda a história? 
Veja no VERBO SOLTO EM CONTOS. 
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07 fevereiro 2011

"Vitrine" negativa no Detran de Campos

Recentemente fui ao posto do Detran no Shopping Estrada, em Campos/RJ, para providências quanto à renovação da Carteira Nacional de Habilitação. A prestação do serviço não foi ruim, nem o atendimento. O que chamou minha atenção negativamente foi o estado de conservação de dependências do Departamento de Trânsito. Um aspecto sujo e desorganizado.

Uma pintura nas paredes, pelo menos, faz-se necessária. Vale lembrar que pagamos taxas pra renovação da CNH e outros serviços. O ambiente também não está bom para os funcionários que ali trabalham.

Não basta montar e estruturar um lugar, tem que haver manutenção e adequação às novas necessidades.

Humana

Há momentos em que o cansaço, a decepção, o "não dar conta" sufocam... Nessas horas, eu saio de dentro de mim e esbravejo. E a ves...