17 setembro 2010
Obscuros
Versos secretos
Quisera lê-los
Mas o escritor não deixa
São palavras debaixo do tapete
(ou atrás da porta)
A espera do vento que as sopre
Para que nelas pouse outro olhar
Se o vendaval faltar
O escritor, poeta generoso,
Há de confiar seu segredo
À sua poetisa preferida
Que lerá os versos secretos
Diluindo-os em sua emoção
Numa cumplicidade de não revelação
(Fátima Nascimento)
Foto: Fátima Nascimento Porta na Igreja de São Francisco, Olinda/PE
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3 comentários:
o que mais se escreve é justo o que não vai inscrito nas palavras, o que não coube na folha ou na tela porque em lugar algum caberia tamanho sentido despido. publica-se o som, mas o silêncio é quem grita. só ouve a alma que lê, os olhos, apesar de janelas, são analfabetos em matéria de sentimentos...
muito bom poema
abs
Hê,Hê???Agora fiquei engasgada. Que momento singular este de tua postagem, mana miga.
Ah, veja meu blog hoje,dia 17, "Ivan Lins no Novo Tempo Brasil...":
www.acridoce-oil.blogspot.com
A perfeição poética existe. Ora, e não é que existe?! Aqui, ali, ela aparece a algumas almas privilegiadas, cujo coração respira poesia como humanos respiram ar. E lhes diz: escreve comigo um poema – seremos coautoras!
Abraço carinhoso
Lello
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