12 junho 2006

Bola no texto

Fátima Nascimento

Treze de junho. Dia de estréia da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2006. Como está o humor do brasileiro? Saber isso é importante pra nortear minhas palavras. Talvez não adiante falar nada muito sério. Economia, política, violência, eleição presidencial não devem dar ibope.

Vejo bandeirinhas em carros. Ruas enfeitadas. Bandeiras em casas e apartamentos. Na minha infância e adolescência era melhor. Talvez por ser mais jovem e não ter preocupações maiores, curtia mais. Gostava de acompanhar as pinturas nas ruas, muros. Era uma delícia! Mas não estou assim tão desmotivada ou insensível...

Há uma semana uso caneta com as cores amarela e verde no meu trabalho. Estratégia de receptividade. Assim, imagino, esmoreço o coração das pessoas que estão ao meu redor, enquanto conquisto o pão-nosso-de-cada-dia.

Ao passar por mim hoje, na rua, verá que tenho no peito um broche com a bandeira do Brasil – acessório que utilizo quando voto pra presidente do país e por ocasião de competições esportivas com a participação da seleção brasileira. Formas singelas de manifestar o meu desejo de resultado favorável ao Brasil.

Palpite pra não fugir do tema do dia: Brasil, dois a zero. Gols de Adriano e Ronaldo Fenômeno. Não entrei em nenhum “bolão”. Mas a vida por si só é um jogo em que estamos sujeitos a vitórias e derrotas.
Resultados à parte, digo em mau-alemão e em bom-português que “Der Fußball von Brasilien ist Bestwert der Welt” (o futebol do Brasil é o melhor do mundo). Que este conceito seja confirmado no final da competição.

Jornal Monitor Campista, 2º Caderno, 13/06/2006

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